Governo Federal limita formas de pagamentos nas casas de apostas

O Governo Federal publicou nesta quinta-feira (18), através do Ministério da Fazenda, uma norma que limita as formas de pagamento em casas de apostas. Os meios que foram limitados são os pós-pagos, como cartões de crédito, boletos e criptoativos, que não tenham origem clara do dinheiro.

A ideia é diminuir o endividamento dos brasileiros, que, segundo o governo, criaram dívidas altas por conta das famosas “Bets”. Outro motivo para a limitação é impedir a lavagem de dinheiro, já que meios de pagamentos sem origem, podem ser utilizados para fins impróprios.

Dessa forma, os meios que ainda são permitidos são os considerados pré-pagos. Casos do PIX, TED e cartões de débitos. Todos eles devem estar vinculados a uma conta bancária devidamente cadastrada. 

Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram

Outras obrigações da norma

Existem outras regras que devem ser cumpridas em meio a norma da limitação de formas de pagamentos nas casa de apostas.

Confira as principais delas estipuladas pelo Governo Federal:

• Prazo máximo de 120 minutos para as Bets depositarem o pagamento dos prêmios do apostador, após o término do evento.
• Reserva de 5 milhões por parte das casas de apostas, para pagar prêmios e demais valores devidos aos apostadores.

O que dizem as casas de apostas?

Representantes de importantes casas de apostas do Brasil trouxeram a opinião das empresas em relação à limitação de formas de pagamentos. 

Rafael Borges, representante da Reals, expressou o ponto de vista da empresa sobre a medida. 

“A decisão contribui para o combate do jogo irresponsável. Com o jogador utilizando apenas a verba que já está em sua conta, todo o ecossistema de betting será beneficiado” 

José Valadares, diretor de negócios da Bet7k também foi a favor da medida. 

 “Avaliamos a medida como necessária e importante. Principalmente, no que tange ao jogo responsável” 

Marcos Sabiá, CEO da Galera.Bet também possui opinião semelhante a de seus concorrentes. 

“Esta é claramente uma medida que visa garantir que o jogador utilize recursos próprios e disponíveis, evitando operações de crédito que gerem endividamento e comprometimento superior ao planejado para o entretenimento, premissa básica do jogo responsável”.