CPI das Apostas decide fazer acareação de jogadores com líder de quadrilha

Na última semana foram ouvidos os promotores do Ministério Público de Goiás encarregados pela Operação Penalidade Máxima, deflagrada em novembro de 2022 e que iniciou a segunda fase das investigações em fevereiro deste ano.

CPI das Apostas - Imagem Reprodução TV Câmara
CPI das Apostas - Imagem Reprodução TV Câmara

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das apostas esportivas instalada no Congresso Nacional, vai fazer de Bruno Lopez, acusado de ser líder da quadrilha que manipulou resultados em partidas de futebol e jogadores aliciados.

A acareação faz parte da estratégia dos integrantes da Comissão de ouvir atletas e dirigentes de clubes.

Na última semana foram ouvidos os promotores do Ministério Público de Goiás encarregados pela Operação Penalidade Máxima, deflagrada em novembro de 2022 e que iniciou a segunda fase das investigações em fevereiro deste ano. 

Ainda não foi definida a data que essa acareação deve acontecer.

Denúncia de presidente do Vila Nova iniciou operação

Um dos primeiros jogadores a serem ouvidos será Romário, banido do futebol pela Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Foi a partir de uma denúncia do presidente do Vila Nova-GO, Hugo Bravo, time que o lateral atuava, que operação começou. O cartola, que é major da Polícia Militar, também vai prestar depoimento.

Apesar de ter reunido provas de que o atleta, que então atuava pelo seu time, aceitou dinheiro para cometer um pênalti, Hugo Bravo considerou a punição a Romário exagerada.

“Compreendo a gravidade do assunto, mas num país onde até o Presidente da República teve uma segunda chance, não sei se banir o atleta seria a medida mais correta. Penso que uma punição de anos fora do futebol seria uma alternativa, mais justa”, disse.

Zagueiro do Santos também será convocado

Na noite desta quinta-feira (1), Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos, foi suspenso por 12 partidas pelo STJD, por ter aceitado oferta para levar um cartão amarelo, de maneira proposital, e depois ser expulso.

A interpretação dos auditores do tribunal esportivo é que o defensor não cumpriu o combinado com a quadrilha. Ele não foi advertido na partida combinada e, na seguinte, quando recebeu o vermelho, o jogo já tinha acabado, o que não é considerado válido em diferentes sites.

Em conversas de WhatsApp obtidas pelo Ministério Público, Bauermann se desculpou e explicou que não sabia da regra para o pagamento das apostas.

Para salvar a carreira, o jogador apresentou proposta de delação premiada para o Ministério Público. Ele não foi o único a fazê-lo.

CPI verifica possível participação de Dirigentes de clubes

Em depoimento à CPI, o promotor Fernando Cesconetto, encarregado pela investigação, apontou possível manipulação de resultados em jogos da primeira divisão do Campeonato Gaúcho e Paulista deste ano. E isso, de possível participação de dirigentes de clubes.

Ele descartou indícios de envolvimento de árbitros até o momento, sendo que esta era a maior preocupação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde o início da operação Penalidade Máxima.

Os promotores já reuniram 3 terabytes de material que comprometem a quadrilha de apostadores, empresários de atletas e os próprios jogadores. Mas as investigações continuam.

Bruno Lopez, de 29 anos, preso no ano passado, acabou solto, mas foi detido novamente quando começou a segunda fase das investigações. A esposa dele, Camila da Motta, também é acusada de envolvimento. Ambos são donos da BC Sports.

Das contas da empresa foi transferido dinheiro para aliciamento de jogadores.

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